O PPP de nossa escola é diretamente
ligado a questões de cidadania e tem como título ”Para que a escola nos dê
cidadãos.” Vamos repetir pausadamente: PARA... QUE... A... ESCOLA... NOS...
DÊ... CIDADÃOS.
O que vocês entendem sobre essa frase e
essa proposta? Uma escola de formar gente? Uma gente com informação? Uma escola
preocupada com a formação de uma gente que vira cidadão?
Na verdade, quando o PPP foi criado, o maior
desejo de todos os profissionais, era que o aluno da escola, ao término de sua
trajetória escolar conosco, além das propostas pedagógicas alcançadas, que eles
tivessem aprendido a ser autônomos, a pensar antes de agir, a se colocar, a se
expor e a respeitar as pessoas em todos os aspectos.
Entendemos a educação
para a cidadania como um componente fundamental da democracia e não há como
falar das duas sem citar a política. Cidadania é a coragem de compartilhar os
esforços em instituir uma sociedade livre, justa e solidária sendo preocupada
com cada um. Os dois termos, democracia e cidadania, indicam a reflexão na
atuação da vida em sociedade que a todo tempo nos cobra uma postura política,
seja para uma melhor relação com o outro ou como uma expressão ou a atitude em
relação a certos assuntos e problemas .
Como afirma Boff: "o ser humano é um
ser de participação, um ator social, um sujeito histórico e coletivo de
construção de relações sociais o mais igualitárias, justas, livres e fraternas
possíveis dentro de determinadas condições histórico-sociais".
Através do entendimento,
conhecimento social e o desenvolvimento político, os alunos vêm se desvendando
como instrumentos de emancipação e autonomia para entender a sociedade e atuar
como autor, construtor e reconstrutor de realidades.
Quando pensamos a democracia unicamente
como ideal de igualdade, acabamos por aniquilar a liberdade. Existe um grande
perigo em conceber todos os indivíduos como iguais, pois excluiremos o direito
democrático da diferença, a possibilidade de pensar de maneira diferente, de
fazer diferente e de ser diferente. Podemos partilhar opiniões e agirmos
diferente. Isso se chama respeito ao próximo. Indo mais a fundo, isso se chama
Educação.
Alguém já viu relações sociais
igualitárias e igualdade de direitos serem construídas sem o livre arbítrio?
É importante que jamais deixemos nos
levar pelo bando e sim por opções de escolha. E sabemos que para cada escolha,
existe um raciocínio único e pessoal. Um motivo. Uma justificativa.
Para quem não sabe a definição da expressão
Livre-arbítrio, ela é usada
para significar a vontade livre de escolha, as decisões livres, juízo livre. É
a capacidade de escolha pela vontade humana entre o bem e o mal, entre o certo
e o errado, conscientemente conhecidos. É uma proposta filosófica que defende que a pessoa tem o poder
de decidir suas ações e pensamentos segundo seu próprio desejo, necessidade e
crença.
A pessoa que faz uma livre escolha pode
se basear em uma análise relacionada ao meio ou não, e a escolha que é feita
pelo agente pode resultar em ações para beneficiá-lo ou não. As ações
resultantes das suas decisões são subordinadas somente a vontade consciente do
agente e a conseqüência que será acarretada. Tal percepção é chamada algumas
vezes de "experiência da liberdade".
Que nossos alunos em um mundo muito
próximo da vivência deles e de seus desenvolvimentos, possam viver com
responsabilidade essa experiência de liberdade defendendo seus direitos sem esquecer
os seus deveres.
Que assim como eles, tenhamos a coragem
de nos responsabilizar por cada ato decidido pelo nosso livre-arbítrio, sem nos
escorarmos no outro.
E que em resposta às indagações iniciais, possamos dizer convictamente que nossa escola está focada no acerto da formação do cidadão e a execução de tal proposta não é pra qualquer um não!. Por isso, nesse post , gostaríamos de parabenizar e agradecer a toda equipe Gastão Monteiro Moutinho pelo comprometimento e luta de cada dia em colaborar para que nossa escola seja uma escola de vida!
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